O aluguel é, cada vez mais, uma das opções de moradia mais presentes na sociedade brasileira. Além de ser economicamente mais viável, o modelo se adapta melhor ao estilo de vida da geração millennial, e dos jovens em geral que ainda não querem se comprometer com um investimento grande como a compra de imóvel. Muitos vivem anos e até décadas em locais alugados — daí a necessidade de criar um lar que reflita a personalidade do morador mesmo quando não é o proprietário. Confira as dicas da arquiteta Carina Dal Fabbro, à frente do Carina Dal Fabbro Arquitetura, para deixar a casa alugada não apenas aconchegante e pessoal, mas funcional e adaptada ao cotidiano:
1. Converse e negocie com o proprietário
Via de regra, nenhuma alteração estrutural pode ser feita em um imóvel alugado sem autorização do proprietário. Mas, caso o cliente sinta que precisa fazer quebra-quebra para conseguir o imóvel que deseja, isso pode ser negociado junto ao dono daquela propriedade. “Quando conversado inicialmente com o proprietário ou a imobiliária, o locatário abre a possibilidade de negociar uma carência contratual com melhorias e até mesmo uma reforma”, diz Dal Fabbro.
“A melhor saída para quem aluga é conseguir uma carência em contrato”, avalia, pois isso permite alterações mais definitivas como, por exemplo, a derrubada de paredes, instalação ou retirada de móveis planejados, a troca de revestimentos e mudanças nas áreas molhadas, como banheiro e cozinha.
2. Lavar azulejos e trocar rejuntes
Áreas como banheiro e cozinha, também chamadas de "áreas molhadas", são as mais caras em uma obra. Por isso, vale tudo para evitar a troca de revestimentos nestes espaços — que, além do custo, envolve a aprovação do proprietário. A arquiteta sugere uma limpeza profunda nos azulejos destes ambientes e a troca de rejuntes. “Asseguro que esses procedimentos por si já renovam muito o visual”, diz.
3. Papel de parede, pintura e tinta epóxi
Caso a limpeza e a troca de rejuntes ainda não criem o efeito desejado, é possível usar adesivos ou tinta epóxi nos azulejos das áreas molhadas. Já para as paredes dos demais cômodos, papeis de parede e pintura são sempre a melhor maneira de mudar o aspecto do ambiente. Lembrando que a pintura superficial de paredes e azulejos pode ser feita tranquilamente sem autorização do proprietário, desde que, ao entregar as chaves do imóvel, o locatário deixe as áreas novamente com a cor branca ou tons claros, conforme a assinatura do contrato.
4. Opções para o piso
Uma das melhores opções para quem mora de aluguel é instalar um piso novo sobre aquele que já está assentado, usando a técnica conhecida como piso sobre piso, principalmente nas áreas molhadas (mas fique atento para verificar se o piso original permite essa possibilidade). Também é possível optar por um piso vinílico, que é bastante prático e de rápida instalação, desde que a limpeza seja feita apenas com pano úmido.
5. Avalie os móveis que já tem
“Sabemos que ninguém quer gastar demais em um bem que não é seu. Para evitar gastos com a aquisição de mobiliários novos, analiso aquilo que a família já tem. Em boas condições, usando uma cama, um sofá de boa qualidade que possa receber uma reforma ou uma poltrona com história podemos elaborar o layout e complementar apenas com uma ou outra peça nova a ser comprada”, descreve a profissional.
6. Opte por móveis soltos e com rodinhas
Em uma casa ou apê alugado, móveis soltos para sala de estar, de jantar e dormitório são uma boa opção porque, além de permitirem diferentes composições, são mais práticos de transportar na hora da mudança para um novo lar. Da mesma forma, na cozinha uma solução inteligente é usar peças com rodinhas, que também são fáceis de transportar ou de colocar na área de serviço.
7. Invista em texturas
Talvez não pareça, mas toques como cortinas e tapetes novos fazem toda a diferença quando o assunto é deixar o ambiente com a sua cara! O segredo é investir nas texturas e modelos que lhe agradem, para criar uma composição interessante com o restante do cômodo. É o tipo de solução que Carina chama de "maquiagem": “Adoto esse termo por se tratar de um projeto sem grandes alterações estruturais, como a demolição de paredes e o quebra-quebra que costuma existir na reforma tradicional”, explica.
Fonte: casavogue.globo.com
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